sexta-feira, 24 de abril de 2015

Acerca do Processo de Colonização de Marte




Quando eu li a respeito de que uma empresa privada norte-americana terá a coragem de iniciar o processo de colonização de Marte em 2025, eu fiquei bastante surpreso e feliz. Na verdade, olhando pelo viés da metáfora, é um puxão de orelhas nas instituições estatais do mundo todo, que monopolizavam a exploração aeroespacial e que nunca haviam cogitado publicamente uma empreitada desse gênero. De fato, a estatização da tecnologia e da exploração espacial contribuiu para que o progresso nesse campo fosse lento e pouco produtivo. Pois é algo evidente que a dependência financeira dos recursos públicos fez com que o programa aeroespacial de diversas nações não lograsse o êxito tão almejado por especialistas e estudiosos deste assunto.

Com o advento da injeção de recursos privados, a exploração aeroespacial ganha um novo rumo. Sem a exigência da burocracia, que é bastante peculiar no setor público, e a ausência dos trâmites legais para a liberação de dinheiro público, o processo se torna mais otimizado e potencializado em todos os sentidos deste campo. Além disso, as empresas privadas enxergam isto como um investimento financeiro, pois além de puderem produzir lucrativos experimentos científicos em outros planetas, também existe a possibilidade de encontrarem grandes jazidas de minérios preciosos em suas explorações e, dessa forma, se apropriarem das mesmas de uma forma legal, uma vez que as terras em outros planetas oficialmente não possuem proprietários.

No momento, a imprensa mundial divulga que a referida empresa está selecionando as pessoas que morarão na colônia que será concebida na superfície de Marte. E destaca que os colonos não poderão mais retornar ao planeta Terra após assinarem o contrato e se estabelecerem no planeta vermelho. Ou seja, é uma passagem só de ida a um mundo desconhecido. Mesmo assim, ocorreram milhares de inscrições em todo o mundo e uma mulher brasileira foi uma pré-selecionada para ingressar no grupo dos primeiros colonos de Marte. Espero que essa empreitada obtenha o sucesso e sirva de exemplo para que outras empresas também tenham coragem de colonizar outros planetas e obter lucros financeiros inéditos com o pioneirismo espacial.

Contudo, assim como todo investimento financeiro, existe o risco do insucesso por diversas razões. Um deles, por exemplo, é o risco de vida dos colonos em habitarem um local inóspito e o possível aparecimento de doenças conhecidas e desconhecidas, ou o surgimento e o posterior ataque de organismos microscópicos ou macroscópicos de origem extraterrestre, dentre outras ameaças imprevisíveis. Mas quem vai participar desta aventura estará ciente e aceitará de livre arbítrio os riscos inerentes ao processo de colonização de um planeta. Na verdade, ao meu ver, eles farão um papel semelhante aos que os bandeirantes fizeram no Brasil e na América Latina, nos primeiros séculos da colonização do nosso continente, sendo que agora numa escala planetária. Portanto, estes pioneiros serão considerados heróis e terão os seus nomes marcados para sempre na História da humanidade. No mais, desejo boa sorte aos candidatos a serem colonos de Marte e também a esta excepcional e audaciosa empresa norte-americana. E, em breve, mais cenas dessa interessante novela espacial nas páginas deste blog.

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