Quando eu li a respeito de que uma empresa privada norte-americana terá a coragem de iniciar o processo de colonização de Marte em 2025, eu fiquei bastante surpreso e feliz. Na verdade, olhando pelo viés da metáfora, é um puxão de orelhas nas instituições estatais do mundo todo, que monopolizavam a exploração aeroespacial e que nunca haviam cogitado publicamente uma empreitada desse gênero. De fato, a estatização da tecnologia e da exploração espacial contribuiu para que o progresso nesse campo fosse lento e pouco produtivo. Pois é algo evidente que a dependência financeira dos recursos públicos fez com que o programa aeroespacial de diversas nações não lograsse o êxito tão almejado por especialistas e estudiosos deste assunto.
Com
o advento da injeção de recursos privados, a exploração
aeroespacial ganha um novo rumo. Sem a exigência da burocracia, que
é bastante peculiar no setor público, e a ausência dos trâmites
legais para a liberação de dinheiro público, o processo se torna
mais otimizado e potencializado em todos os sentidos deste campo.
Além disso, as empresas privadas enxergam isto como um investimento
financeiro, pois além de puderem produzir lucrativos experimentos
científicos em outros planetas, também existe a possibilidade de
encontrarem grandes jazidas de minérios preciosos em suas
explorações e, dessa forma, se apropriarem das mesmas de uma forma
legal, uma vez que as terras em outros planetas oficialmente não
possuem proprietários.
No
momento, a imprensa mundial divulga que a referida empresa está
selecionando as pessoas que morarão na colônia que será concebida
na superfície de Marte. E destaca que os colonos não poderão mais
retornar ao planeta Terra após assinarem o contrato e se
estabelecerem no planeta vermelho. Ou seja, é uma passagem só de
ida a um mundo desconhecido. Mesmo assim, ocorreram milhares de
inscrições em todo o mundo e uma mulher brasileira foi uma
pré-selecionada para ingressar no grupo dos primeiros colonos de
Marte. Espero que essa empreitada obtenha o sucesso e sirva de
exemplo para que outras empresas também tenham coragem de colonizar
outros planetas e obter lucros financeiros inéditos com o
pioneirismo espacial.
Contudo,
assim como todo investimento financeiro, existe o risco do insucesso
por diversas razões. Um deles, por exemplo, é o risco de vida dos
colonos em habitarem um local inóspito e o possível aparecimento de
doenças conhecidas e desconhecidas, ou o surgimento e o posterior
ataque de organismos microscópicos ou macroscópicos de origem
extraterrestre, dentre outras ameaças imprevisíveis. Mas quem vai
participar desta aventura estará ciente e aceitará de livre
arbítrio os riscos inerentes ao processo de colonização de um
planeta. Na verdade, ao meu ver, eles farão um papel semelhante aos
que os bandeirantes fizeram no Brasil e na América Latina, nos
primeiros séculos da colonização do nosso continente, sendo que
agora numa escala planetária. Portanto, estes pioneiros serão
considerados heróis e terão os seus nomes marcados para sempre na
História da humanidade. No mais, desejo boa sorte aos candidatos a
serem colonos de Marte e também a esta excepcional e audaciosa
empresa norte-americana. E, em breve, mais cenas dessa interessante
novela espacial nas páginas deste blog.
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